domingo, 6 de março de 2011

A Arte Nova


O movimento Arte Nova teve várias vertentes derivadas do cunho pessoal, de diferentes escolas regionais... Todavia havia alguns princípios unificadores.
A nível formal, a inovação revelou-se numa grande originalidade e criatividade e rejeição dos estilos académicos, históricos e revivalistas. Em geral, podem-se verificar as formas inspiradas na Natureza e no Homem, as estruturas orgânicas, os movimentos sinuosos, o dinamismo, as formas estilizadas, sintetizadas ou geometrizadas.
Também se pode notar a adesão ao progresso em todas as formas de Arte Nova, que se exprimiu na utilização de novas técnicas e materiais.
Todos estes princípios tiveram a sua génese na Inglaterra, com William Morris e o movimento Arts and Crafts; no entanto também houve influência do Gótico Flamejante, do Rococó, das pinturas japonesas e do folclore tradicional inglês. Deste modo, constata-se que a Arte Nova sintetizou a estética e técnica e a tradição e a inovação conseguindo, deste modo, exprimir a modernidade.
A grande adesão à Arte Nova deu-se nos centros urbanos, onde adquiriu popularidade nos primeiros anos do séc. XX.
A Arte Nova expandiu-se a todas as modalidades artísticas, alcançando a unidade das artes, princípio adquirido do movimento Arts and Crafts.
A arquitectura da Arte Nova foi, portanto, a primeira a romper com as tradições historicistas e eclécticas  academistas, implementando o primeiro estilo completamente inovador do séc. XIX.
A nível técnico, detalhando, aceitou os sistemas, técnicas e materiais mais recentes.
A nível formal, caracterizou-se pelo uso de plantas livres, obtidas através da distribuição das dependências físicas orgânica e funcionalmente. Favoreceu os volumes irregulares e assimétricos, as superfícies  curvilíneas.
Ao nível estético, promoveu a ornamentação interior e exterior do edifício, que ficou indissociável da arquitectura, sendo diferente consoante as escolas. Podia, assim, ser mais ou menos exuberante, volumétrico, estilizado, geometrizado, naturalista, orgânico, imaginativo, simbólico ou poético.
As características da Arte Nova foram usadas independentemente da tipologia do edifício. No entanto, devido às diferentes vertentes geográficas, desenvolveu-se segundo dois padrões mais gerais: o que valoriza a estética ornamental, floral, naturalista e curvilínea e um mais racional, estrutural, geométrico e funcionalista.

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