domingo, 6 de março de 2011

O movimento Arts and Crafts

  
  A desmesurada industrialização não foi bem aceite por todos. A fabricação em série começou a produzir
objectos vulgares e com falta de originalidade. Assim, em meados do séc. XIX, alguns teóricos ingleses, como John Ruskin e William Morris, dinamizaram um movimento — o movimento Arts and Crafts — que lutou contra a industrialização da arte; procurando a revalorização da última, apoiaram a separação total entre a arte e a indústria.
  Formados segundo a estética romântica e medievalista, Ruskin e Morris lutaram por uma arte pura, criada
individualmente, original e de bom gosto, e cujos princípios se deviam aplicar a todas as artes (unidade das
artes), o que era conseguido com a rejeição de processos industriais.
  Para estes teóricos, o objectivo da arte era o de melhorar as condições de vida e de educar o povo no que
diz respeito à estética, assim aumentando a qualidade de vida material.
  Em 1874, Morris criou o atelier Morris and Co., onde reuniu vários artistas plásticos e mestres artesãos
para produção nos campos da arquitectura, tapeçaria, mobiliário..., organizando, no final, uma exposição para popularizar as criações da sua oficina.
  O movimento Arts and Crafts realizou-se em várias obras, as mais evidentes sendo moradias familiares
rústicas de tradição inglesa (estética medieval), irregulares no exterior, de formas orgânicas no interior, com
peças de mobiliário, papel de parede, estofos, cortinas... sempre em consonância com a construção.


  Assim, pode dizer-se que o movimento Arts and Crafts desenvolveu principalmente as Artes aplicadas,
tendo sido a grande base da Arte Nova e do design.







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