domingo, 6 de março de 2011

Focos da Arte Nova


A arquitectura Arte Nova desenvolveu-se, primeiramente, na Bélgica, com os artistas Victor Horta, que criou edifícios de estruturas simples e sóbrias, de fachadas movimentadas e abertas, com interiores funcionais, em que a decoração e os elementos estruturais se fundem, e Henry Van de Velde que, apesar de arquitecto, as obras mais importantes foram no mobiliário, de rigor formal, funcional e estético.
Em França, numa linguagem semelhante à belga, destacou-se Hector Guimard, autor do edifício Castel Béranger e das entradas para o metro de Paris.
Desenvolvido também segundo as escolas francesa e belga, o modernismo catalão sobressaiu-se com dois arquitectos: Luís Domenech i Montaner, que primou pela simplicidade das formas e pelo uso de materiais locais, como um ladrilho cozido de cor avermelhada, e Antoní Gaudí que, de influências góticas e mudéjares,modelou dinamicamente os volumes dos edifícios que desenhou, e usou uma grande variedade de materiais. Também se distinguiu pela concepção de mobiliário para os seus edifícios.
Outras escolas, estas diferentes das últimas, foram a Escola de Glasgow, a Escola da Secessão Vienense e a Escola de Chicago.
A Escola de Glasgow, composta por um grupo de artistas dos quais se destacou principalmente Mackintosh, tem pesada influência do movimento Arts and Crafts. Desenvolveu-se segundo linhas ortogonais, paredes lisas, grandes superfícies envidraçadas, volumetrias muito geometrizadas e decoração contida. O próprio mobiliário concebido por Mackintosh reflecte exactamente essas características.
A Escola da Secessão Vienense, à imagem da de Glasgow, baseou-se na simplificação geométrica, distribuição simétrica, racional e funcional dos espaços, planimetria e nudez das paredes e tratamento austero e contido. Foi criado por um grupo de artistas Austríacos que, à semelhança e com base no trabalho da Escola de Glasgow, quiseram romper com os revivalismos e historicismos das artes académicas.
A Escola de Chicago, a mais estruturalista das escolas, desenvolveu-se na cidade de Chicago após um incêndio que produziu efeitos catastróficos na urbe, que necessitou de uma grande reconstrução. Iniciada por arquitectos como Sullivan, aplicou novas técnicas construtivas, linhas ortogonais, libertando por completo a parede como elemento estrutural, o que permitiu maior liberdade na planta e a mobilidade de divisórias.
A Escola de Chicago teve o seu expoente máximo em Frank Lloyd Wright, que trabalhou essencialmente em moradias privadas de campo (prarie houses), revitalizando tradições locais ao nível de materiais, da distribuição do espaço, adicionando-lhes uma visão organicista e funcional.
O Modernismo, mais concretamente, a Arte Nova, tiveram um papel fulcral para a posteridade, mais propriamente, para as Artes Aplicadas, que foram elevadas à altura da arquitectura, pintura ou desenho.
Revalorizou os objectos produzidos industrialmente, adicionando-lhes qualidades estéticas e formais.

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